quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

DIÓTREFES - UM CRENTE DO MAL (3 JOÃO 9-11)

Assista primeiro ao vídeo. Depois, medite no texto que vem a seguir.

DIÓTREFES - UM CRENTE DO MAL
Por ABIMAEL CANTO MELO

Em primeiro lugar, Diótrefes é do mal porque seu caráter é mau. É o que João diz a seu respeito quando fala ao presbítero Gaio: "Gaio, meu querido amigo, imite o que é bom e não o que é mau" (v.11)

Diótrefes é um membro da Igreja do Senhor Jesus. Mas não é um membro sadio: está purulento, pútrido e gangrenado pela sede de poder, pelo egoísmo, pela maldade, pela rebeldia, pela ganância, pelo ciúme, pelo desrespeito às autoridades da igreja. Diótrefes é crente amargo, é erva daninha na seara do Senhor. É um insano, uma travanca, um estorvo, que atrapalha a obra de Deus na igreja local. Diótrefes é hostil, não recebe os servos de Deus e ainda impede os membros da igreja de recebê-los. Ou seja, Diótrefes expulsa as pessoas da igreja. Ele é do mal mesmo.

Diótrefes se transformou numa síndrome, em um conjunto de comportamentos que se manifesta em muita gente que faz parte da igreja de Deus.

Essa síndrome, geralmente, é comum em crentes com certo tempo de igreja: os mais antigos, também chamados de pioneiros, fundadores ou famílias tradicionais. Mas isso não significa que todos os crentes antigos, fundadores, pioneiros ou famílias tradicionais tenham esse comportamento abominável. A maioria desses irmãos é gente sadia, simples, de ótimo relacionamento, são pessoas acolhedoras e que visam sempre o crescimento da igreja do Senhor acima de suas preferências e de seus sentimentos. Porém, os crentes do mal, são o pedaço podre, fétido e horroroso da igreja. Eles são chamados na Bíblia de joio, de fermento, de imorais, de carnais, etc.

Baseados no texto de III João 9-11, vamos desenhar o perfil dessa gente ruim e perversa que vive atrapalhando ou destruindo a vida de quem quer servir a Cristo.

1. O TIPO NEURÓTICO - É aquele ou aquela que sempre age histericamente. São os famosos agitadores ou barraqueiros da igreja. Eles logo se tornam conhecidos como as grandes ameaças ao povo de Deus numa igreja local. São os protagonistas de escândalos e conflitos que chegam ao extremo da violência; o histórico deles é altamente negativo; sentem-se os verdadeiros "donos do pedaço" e são capazes das mais hediondas atitudes para manter o domínio do seu território. São insubmissos, não respeitam as autoridades da igreja; são sabotadores de tudo o que não lhes interessa, mesmo que seja algo da maior importância para o crescimento da igreja local. Usam a manipulação através da influência ameaçadora que exercem sobre os demais (os fracos), que têm por eles uma reverência mórbida e servil. Há pastores que preferem mimá-los e se submetem às suas insanidades em detrimento da vida de verdadeiros servos de Deus.

2. O TIPO CALCULISTA - É aquele ou aquela que age com sutileza e discrição. São aqueles que não demonstram suspeitas de agressividade, violência ou ameaça, porque agem sempre ocultados por seus fervorosos aliados. Seu comportamento em relação àqueles a quem querem destruir ou anular é bem diferente do tipo neurótico. Geralmente trabalham com argumentos que aparentam pena, preocupação ou cuidado. Também são especialistas em disfarces: se apresentam como amigos, entram na intimidade das suas vítimas, seduzem, encantam e depois dão o bote fatal, como o louva-a-deus (fêmea) faz com seu macho após o acasalamento.  A manipulação é uma das suas principais estratégias para que se mantenham no anonimato da maldade. Sempre usam pessoas fracas e crédulas que lhes servem de camuflagem e ao mesmo tempo de trincheira e munição. Dominam a arte de minar uma situação sem muita pressa ou estardalhaço pelos resultados destruidores. Sua ação maldosa só é descoberta após certo tempo, depois de uma dolorosa ligação diabólica de versões e fatos. Essas pessoas são falsamente submissas, ilusoriamente humildes e enganosamente bondosas. Elas conseguem, com esse comportamento, enganar até mesmo suas vítimas, sejam irmãos ou pastores. Tudo fazem para manter a influência e o poder.  É preciso muita observação para descobrir esse perigoso tipo de crente do mal.


Os CRENTES DO MAL são manipuladores: querem controlar as pessoas, seus sentimentos e vontades.
Os neuróticos ameaçam; os calculistas seduzem.

Pelo que a gente pode ver, o comportamento mais saliente em Diótrefes é o neurótico, mas ele também possui elementos comportamentais de um calculista, com certeza. O egoísmo e a manipulação, por exemplo, são bem comuns aos dois tipos.

Conheçamos um pouco de quem está estragado pela SÍNDROME DE DIÓTREFES na igreja de Cristo.

EGOÍSTAS - Eles só pensam em si mesmos, e todos os que são por eles manipulados são levados a fortalecer esse egoísmo tirano.
MANIPULADORES - É sua principal estratégia para executar seus planos e conseguir o que querem. Fingem um comportamento que atrai a credibilidade e a cumplicidade de muita gente. Por outro lado, quando são agressivos ou violentos, usam de ameaças e chantagens para exercer seu domínio. As pessoas se tornam suas reféns ou de sua pseudo-bondade, ou de suas ameaças e chantagens.
MEGALOMANÍACOS - Diótrefes queria ter a primazia (v.9), o poder, ser o mais influente. A megalomania é uma espécie de psicose. Crentes carnais também podem se tornar megalomaníacos, em nome de uma pretensa causa espiritual. São inconsequentes por causa do poder, pois, na verdade, não defendem nenhuma causa espiritual, tudo é mero pretexto, porque o que defendem mesmo são os seus interesses.
VIOLENTOS - Não necessariamente explícitos como violentos, mas violentos como mentores ou fazedores de maldade para com os verdadeiros servos de Deus. Os violentos explícitos são aqueles que assumem seus atos, mas os mais perigosos, na verdade, são os que não se expõem; aqueles que estão disfarçados de bonzinhos ou de amigos. Estes são hábeis em espalhar minas no território dos relacionamentos do povo de Deus com o propósito de destruir seus alvos.
SABOTADORES - Através da manipulação eles conseguem sabotar projetos ou ações para o desenvolvimento e crescimento da obra de Deus, quando estas não atendem seus interesses ou quando eles não são os seus autores ou quando não fazem parte da execução. Pelo fato de serem morbidamente invejosos, seu trabalho incansável é sempre criar obstáculos para o trabalho de quem lhes incomoda.
INSUBMISSOS - Essa gente carrega o vírus da rebeldia, seja ela explícita ou camuflada. Os neuróticos, são assumidamente insubmissos. A partir do momento em que se sentem incomodados, eles começam a destilar seu veneno. Por sua vez, os calculistas, manifestam uma falsa submissão. São covardes, não declaram abertamente seu instinto perverso. Muitos deles são bajuladores, usam essa estratégia para entorpecer seus alvos.
HOSTIS - Suas atitudes são repelentes aos novos crentes ou a irmãos e pastores que querem realmente fazer a obra para Deus. Igrejas onde abundam esses "irmãos" têm dificuldade para crescer. Sai mais gente do que entra. Há um constante déficit quantitativo. O que importa para os crentes do mal não é a quantidade de pessoas que esteja congregando, mas que eles estejam lá na frente, dirigindo, pregando, ministrando o louvor, "mandando" em um punhado de gente que está alí, uns porque fazem parte da panelinha; outros porque, a despeito da situação, são fieis a Cristo.
INGRATOS - Você pode fazer o maior bem a um crente do mal. Ele não vai reconhecer isso nunca. Você o ajudará incondicionalmente e ele se voltará contra você na primeira oportunidade em que precisar defender seus interesses egoístas. Crentes do mal só se lebram que precisam anular aqueles que ameaçam suas pretensões, seu território, seu naco de poder. Crentes do mal se esquecem rápido que foram ajudados.   
O louva-a-deus fêmea devora a cabeça do macho após o acasalamento.
Isso também acontece com muitos que louvam a Deus na igreja.

Os crentes do mal estão enquadrados naquela orientação de Paulo em 2 Tm 3:1-5, ou seja: eles têm aparência de piedade, de servos, de irmãos, de amigos, de bonzinhos, de espirituais, mas é tudo um truque, uma ilusão de sentidos. Chega uma hora em que eles precisam liberar seus infâmes instintos. Eles não resistem esses impulsos. Eles são do mal. Eles devoram, destroem não somente os que os incomodam mas também seus cúmplices, porque a natureza deles é má.
João dá uma receita para quem se depara com essa turma na igreja: "imite o que é bom e não o que é mau" (v.11). Em 2 Tm 3:5, Paulo termina orientando assim: "Fique longe dessa gente". O resto, fica nas mãos de Deus. Ele sabe o que fazer com esse pessoal.

Cuidado! Diótrefes morreu, mas deixou um manual sobre COMO MANIPULAR E DOMINAR UMA IGREJA. Que o Espírito Santo abra os olhos do povo de Deus.








        

 
   

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